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Disjuntores monopolares e bipolar – Entenda a diferença! 

Na área da eletricidade, a seleção correta dos componentes é fundamental para garantir a segurança. Por isso, uma das escolhas mais críticas nesse contexto é a do tipo de disjuntor a ser utilizado: disjuntores monopolares ou bipolar.

Tanto o disjuntor monopolar quanto o bipolar são essenciais para a proteção contra excessos de corrente e curtos-circuitos, mas possuem particularidades e usos específicos que os tornam distintos um do outro.

Desse modo, neste conteúdo vamos mergulhar nas diferenças entre os disjuntores monopolares e bipolar. 

Aqui, o nosso foco é esclarecer qual é a opção mais adequada para cada situação. Abordaremos desde os conceitos básicos de como cada um opera até as circunstâncias mais propícias para o uso de cada um.

Preparado para mais um conteúdo cheio de dicas profissionais? Então, vamos embarcar juntos nessa aventura informativa!

Tipos de disjuntores 

Antes de mais nada, para esclarecer todas as incertezas sobre disjuntores e auxiliar os profissionais eletricistas nas suas decisões, elaboramos uma tabela detalhada com todas as especificações necessárias.

 

Tipo de Disjuntor Número de Pólos Aplicações Comuns Controle de Fios Segurança
Monopolar 1 Circuitos de iluminação, tomadas em residências Controla 1 fio (fase) Proteção básica contra sobrecarga e curto-circuito
Bipolar 2 Equipamentos de maior consumo, como ar-condicionado, chuveiros Controla 2 fios (fase e neutro, ou duas fases) Proteção adicional, desconectar totalmente o equipamento
Tripolar 3 Circuitos trifásicos, como em motores industriais Controla 3 fios (três fases) Adequado para sistemas de maior complexidade
Tetrapolar 4 Sistemas trifásicos com neutro, grandes instalações industriais Controla 4 fios (três fases e um neutro) Máxima segurança em sistemas de grande escala

Importante ressaltar: Esta tabela apresenta um panorama abrangente sobre as características e os diferentes contextos de aplicação de cada tipo de disjuntor, incluindo os disjuntores monopolares.

Contudo, para uma escolha mais precisa e alinhada com as diretrizes das normas regulamentadoras, é essencial realizar uma análise técnica cuidadosa para determinar o disjuntor mais adequado para a instalação do seu cliente.

Disjuntor monopolar

O disjuntor monopolar é um componente crucial em sistemas elétricos, atuando como um guardião contra danos decorrentes de sobrecargas ou curtos-circuitos. Este dispositivo, como indicado pelo termo “monopolar”, gerencia um único pólo, controlando assim somente um fio, que é geralmente o fio fase, dentro de um circuito elétrico.

Por isso, ele é frequentemente escolhido para circuitos que envolvem iluminação ou tomadas em ambientes residenciais e comerciais, onde a demanda elétrica é mais modesta e não há necessidade de gerenciar vários fios ao mesmo tempo.

De maneira simplificada, o disjuntor monopolar entra em ação cortando a corrente elétrica quando percebe que ela ultrapassou um limite seguro para o circuito que está protegendo. Dessa forma, ele previne uma variedade de problemas, tais como:

  • O superaquecimento dos sistemas;
  • Riscos de incêndios;
  • Danos a aparelhos e equipamentos ligados ao circuito.

Além disso, sua instalação é notavelmente simples e direta, o que faz dele uma opção prática e de custo-benefício atrativo para assegurar a proteção em instalações elétricas menos com

 

Disjuntor bipolar  

O disjuntor bipolar é um elemento fundamental nas instalações elétricas, desempenhando um papel vital na proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos. Ou seja, este dispositivo é projetado para controlar simultaneamente dois polos ou fases. 

Em outras palavras, esse ato implica na capacidade de gerenciar dois fios distintos dentro de um circuito elétrico, normalmente abrangendo o fio fase e o neutro, ou duas fases, dependendo da configuração do sistema.

Em termos práticos, o disjuntor bipolar é frequentemente empregado em contextos que demandam um nível elevado de segurança e precisão no controle. Isso inclui circuitos de aparelhos de alto consumo energético, como ar-condicionado, chuveiros elétricos e máquinas industriais. 

Além disso, também é essencial em situações que requerem uma desconexão completa do equipamento da rede elétrica, seja para manutenção ou em ocorrências de falhas.

Dessa forma, a funcionalidade do disjuntor bipolar ao controlar dois polos de maneira simultânea se traduz em uma proteção reforçada, um degrau acima do que é oferecido pelo disjuntor monopolar.

EXTRA: Pode instalar dois DISJUNTORES MONOPOLARES no lugar de UM BIPOLAR?

No mundo da elétrica, a nossa equipe campeã é a NBR 5410, uma verdadeira bíblia para os profissionais da área. Sempre que bate aquela dúvida, é para ela que corremos, certo?

Por isso, antes de dizer qualquer coisa, vamos dar uma olhada no famoso item 6.3.7.2.1 da norma. Ele esclarece que:

O dispositivo de seccionamento deve seccionar efetivamente todos os condutores vivos de alimentação do circuito respectivo.

Ou seja, os condutores que estão recebendo energia precisam de um ponto de interrupção. Mas, e aí, surgem as perguntas: que tal usar dois disjuntores monopolares em um circuito bifásico? 

E será que podemos aplicar três disjuntores monopolares em um circuito trifásico? Parece uma artimanha, mas será que é aceitável?

A resposta pode estar no item 6.3.2.1 da norma, que nos dá uma dica importante:

Os contatos móveis de todos os polos de dispositivos multipolares devem estar acoplados mecanicamente, de forma que eles se abram ou se fechem praticamente juntos.

Isso mostra que a questão vai além do simples seccionamento elétrico; é uma questão de mecanismo. As alavancas dos disjuntores precisam operar em uníssono. Então, a lição aqui é que, às vezes, a verdadeira resposta não está apenas no texto da norma, mas na maneira como a interpretamos.