Decidimos investigar mais a fundo como usar eletrofita. 

Para isso, hoje colocamos à prova um dos itens mais requisitados para testes, e a grande questão é: o que descobriremos? Será que a Eletrofita resiste ao calor extremo ou suporta cargas pesadas?

Para ficar claro, fomos diretamente à fonte: o site do fabricante da Eletrofita. Lá, existem informações cruciais como certificações, capacidade, resistência ao fogo, resistência mecânica e outros detalhes técnicos.

No entanto, nos deparamos com uma surpresa: nenhuma informação técnica estava disponível. Ou seja, como não sou de uma entidade certificadora, decidi conduzir os testes seguindo a metodologia que sempre utilizamos.

E como fazemos isso? Recorrendo ao guia confiável de todo eletricista, a renomada  norma NBR 5410, que serve como nossa bússola para essas avaliações. 

Assim, seguindo esses padrões, vamos descobrir como usar a Eletrofita de maneira segura e eficiente.

Vamos lá? 

Teste de segurança de eletrofita 

Na análise da Eletrofita, observamos que ela apresenta características similares a um cabo de 2 MM, com capacidade para suportar em torno de 20 amperes. Portanto, em nossa experimentação, vamos abordar o uso da Eletrofita como se ela fosse um cabo de 2,5 MM em condições normais.

O nosso plano de teste é estruturado da seguinte maneira: inicialmente, avaliamos o desempenho da Eletrofita em condições padrão, como se fosse um cabo de 2,5 MM. Após isso, submetemos a Eletrofita a um leve excesso de carga, com finalidade educativa, seguido de uma sobrecarga significativamente mais intensa.

É importante destacar que a Eletrofita possui duas vias, mas para o propósito deste teste, utilizaremos apenas uma delas, simulando um cabo unipolar de 2,5. Também removemos a proteção adesiva na parte traseira da fita para garantir que não afetasse nossos resultados.

O teste começou conectando a Eletrofita diretamente ao equipamento de teste e aplicando uma corrente de cerca de 25 amperes, com base na tabela 36 da norma NBR 5410, que determina a corrente máxima suportada por cada seção nominal de cabo, considerando o método de instalação.

Na fase inicial, a temperatura estava em 37 graus. Mantivemos a Eletrofita nessas condições por 15 segundos e, em seguida, provocamos uma sobrecarga elétrica, aumentando a corrente para 50 amperes por mais 15 segundos. 

Notamos que, neste breve período, a temperatura subiu de 37 para quase 62 graus, um comportamento não observado anteriormente em cabos convencionais.

Portanto, podemos concluir que assim a fase de testes em condições normais de uso, onde a Eletrofita não mostrou alterações significativas até o momento, indicando seu potencial para uso seguro e eficiente. Viu só como usar eletrofita é fácil? 

E quando simula uma sobrecarga elétrica maior? 

Foi realizada uma simulação de sobrecarga elétrica extrema na Eletrofita, aumentando a corrente para 120 amperes. 

Em questão de segundos, a temperatura da Eletrofita atingiu 133 graus. Durante este processo, surgiu um odor de queimado e a fumaça começou a emergir da capa de proteção da Eletrofita, mantendo-se assim por três minutos.

Neste período, a temperatura aproximou-se de 220 graus. Apesar da isolação da Eletrofita ter derretido completamente, a própria Eletrofita não se rompeu. Após isso, o teste foi concluído com o desligamento do equipamento.

Ao analisar a Eletrofita após os testes, notou-se que ela tornou-se mais maleável, um efeito do superaquecimento. Um ponto crucial observado foi que a Eletrofita não iniciou nem propagou chamas. 

Contudo, surge a dúvida: isso significa que a Eletrofita é segura para uso?

É importante ressaltar que o uso de equipamentos sem certificação adequada por órgãos competentes não é recomendado. 

Conforme mencionado anteriormente, não foram encontradas certificações ou informações técnicas suficientes sobre a Eletrofita no site do fabricante.

Portanto, a falta de informações detalhadas por parte do fabricante levanta preocupações quanto à segurança e confiabilidade do uso de seus produtos.

Afinal, eletrofita é seguro? 

O resultado dos testes indicou que a Eletrofita não se rompeu durante as avaliações. No entanto, é importante salientar que há reservas quanto à segurança da instalação deste equipamento. 

Ou seja, a composição da Eletrofita, que inclui uma tela e uma camada de massa, pode não oferecer a segurança necessária em certas aplicações.

Essa é apenas uma perspectiva. Desse modo, a decisão de instalar e recomendar o produto fica a critério de cada um. É relevante recordar que, em uma instalação adequadamente planejada, um disjuntor apropriado pode prevenir sobrecargas elétricas e, consequentemente, incêndios, seja em cabos ou em fitas como a Eletrofita.

Os testes realizados, incluindo os de sobrecarga extrema, possuem um propósito educacional, visando demonstrar aspectos que não são comumente abordados em instituições tradicionais de ensino.